Encontrei um Anjo

Folheando um antigo álbum de fotografias de família encontrei uma bela surpresa, talvez uma pista genética para um gosto pessoal que tenho por arte sacra. Em meio a tantas fotos familiares no velho álbum, um singelo santinho estava escondido, bem antigo, mas ainda conservado. Nunca soube da existência do mesmo até encontrá-lo recentemente.

Trazendo estapando o arcanjo "São Rafael", que por coicidência inspirou meu nome, o santinho de papel que encontrei data de 09 de maio de 1993, e contém uma emocionante dedicatória escrita a mão pela minha avó paterna, que me ofereceu o santinho antes de falecer, quando eu ainda era criança.

Como em 1993 eu mal sabia ler (tinha uns cinco anos), o santinho foi entregue a minha mãe, que o guardou por anos dentro do álbum. Até mesmo minha mãe tinha se esquecido do santinho, por isso nunca me falou sobre ele. Atualmente eu já tenho uma razoável acervo de estampas sacras de papel (santinhos), mas somente agora descobri esse "São Rafael" que me foi dado pela minha avó Nazareth.

Há coisas meio inexplicáveis, mais perfeitamente compreensíveis. Para mim, a "descoberta" que fiz desse santinho é uma dessas coisas místicas que chamam a atenção. Para todos os efeitos, ganhei meu mais novo santinho para o acervo, mas ao mesmo tempo, o primeiro de todos, a primeira peça da coleção, que nem eu mesmo tinha conhecimento, mas que em momento oportuno me foi trazida, talvez pela influência genética ou espiritual da minha avó, mas isso não cabe a mim explicar, apenas especular... e admirar.