segunda-feira, 28 de março de 2011

O Canto das Sereias

Estou em uma fase meio saudosista, relembrando coisas boas que sempre me fazem viajar no tempo e acabam me trazendo inspiração. Recentemente comprei a minissérie "O Canto das Sereias", que foi exibida pela extinta Rede Manchete em julho de 1990. Mais uma belíssima obra audiovisual para meu acervo.

De autoria de Paulo César Coutinho, a história de "O Canto das Sereias" mostrava o romance do escritor Ulisses (José de Abreu) com Teoxípe (Ingra Liberato), de três mil anos, uma das três irmãs sereias da trama. As outras duas sereias eram Parthenope (Nani Venâncio) e Agaupe (Andréia Fetter).

Além das belíssimas atrizes que interpretaram as sereias, a minissérie também exaltava a magia e as belezas da ilha de Fernando de Noronha, onde foi gravada. Um mago e uma feiticeira, dois personagens que deram um charme a mais a trama, com textos repletos de poesia e de mensagens que falavam sobre magia, paganismo e new age, algo que é bem compreensível se analisarmos o boom esotérico que ocorreu na época.

Além do romance entre o escritor Ulisses e a sereia Teoxíope, as sereias também despertam a paixão em outros dois homens das redondezas, que são escolhidos por elas e são iniciados no mundo da magia. Um romance arriscado também ocorre entre Sophrosine e seu enteado Telêmaco, filho de Ulisses, de quem é madrasta. 

A trilha sonora dessa minissérie é no estilo new age, do músico Marcus Viana, que atualmente já é bem conhecido por compor inesquecíveis trilhas de novelas, uma dessas trilhas marcantes foi a da novela "O Clone", reexibida em 2011.

Resumindo, a minissérie tinha uma trama lenta, com poucas falas e muitas metáforas. Muitas imagens belas, muita poesia e muita magia: ingredientes que encantaram muitos e despertaram a repugnância de etnocêntricos com dificuldade para interpretar mensagens poéticas.
Eu achei que, apesar de lenta, se o expectador tiver a sensibilidade um pouco aguçada poderá extrair uma bela mensagem da trama, que traz um fundo de ecologia, respeito a diversidade religiosa, dentre outros subtemas.


A seguir, um vídeo com a abertura e algumas imagens da minissérie.



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